A trágica notícia do bebê esquecido dentro do automóvel, foi transmitida por vários telejornais de grande audiência nacional. Em um deles, o repórter anunciou, sem nenhuma transição, a noticia de um gorila que há sete anos em cativeiro nunca havia se reproduzido. A mamãe gorila pertence a um zoológico no Japão e estava com seu filhote amamentando. “O repórter enfatizou:” – Olha como ela não deixa o seu filhote um minuto sozinho! Ninguém pode se aproximar dele!
A ausência na relação é explicada pela inversão total de valores em nossa sociedade. Nesta ausência, começo pelo papel da maternidade. Hoje uma mulher abraça uma diversidade de papéis, que pode ser comparada a um polvo, com inúmeros braços e tentáculos, tentando agarrar e dar conta de tudo ao seu redor. Ela detem o papel de filha, mãe, esposa, profissional entre outros. O resultado é desastroso, pois não pode existir excelência no cumprimento de todas estas tarefas, com certeza o braço mais penalizado será a educação e a presença junto aos filhos.
Pais ocupados demais para estabelecerem um vínculo de significado e importância na vida dos seus filhos por isso se justificam o aumento crescente de órfãos de pais vivos.
Pais ocupados demais para protegerem seus filhos das armadilhas da mídia e das ofertas do mundo hodierno.
Pais ocupados demais para oferecerem lições de vida, as quais não ensinam nos bancos escolares.
Pais ocupados demais para oferecerem amor, porque o individualismo e o egocentrismo não o capacitam para doação e a renúncia.
Pais ocupados demais não esquecem seus filhos apenas dentro dos seus automóveis, esquecem seus filhos das suas próprias vidas, pois lá, eles já não cabem mais.
AH! E a mamãe gorila? Não sai de pertinho do seu filhote um instante. Ela está ocupada demais com ele.
Reflita isso!
(Fonte: http://poemiamary.blogspot.com/2009/11/pode.html)
♥Helena♥
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