terça-feira, 1 de junho de 2010

Quem ama, corrige!

"Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga" (Provérbios 13.24).

Um escritor francês comentou em uma das suas obras a respeito da educação e orientação dos filhos, a propósito da tão controvertida educação moderna. Contou, à guisa de ilustração, a seguinte história: Um crinninoso levado à barra do tribunal, depois de um prolongado e tumultuado julgamento, foi condenado a quinze anos de trabalhos forçados. Procurando manter-se calmo e resignado, ouviu de pé a leitura da sua sentença.


Depois de concluída, ele, pedindo permissão para se pronunciar, dirigiu ao plenário e autoridades presentes as seguintes palavras: "Eu perdôo aos juízes a sentença que acabam de pronunciar contra mim porque o seu julgamento fundamenta-se na justiça e no direito. Também perdôo à promotoria a sua enérgica acusação, a bem da ordem social aos crimes que cometi; cumpriu o seu papel e o seu dever. Perdôo, outrossim, as testemunhas que depuseram no processo, porque falaram somente a verdade. Perdôo os policiais que em breve me conduzirão para o degredo, porque eles executam ordens recebidas.

Assim, não seria razoável acusar nenhuma destas pessoas pela minha condenação; receberei a punição como consequência lógica dos males que pratiquei e, nesse particular, eles não tiveram a menor parcela de culpa e nem qualquer participação, direta ou indireta, em qualquer um dos crimes cometidos por mim. Entretanto, há neste recinto um homem a quem eu jamais poderei perdoar. E este homem, senhores, pasmem todos, é o meu próprio pai que está sentado daquele lado (com o dedo indicador, apontou para o desditoso senhor, que compareceu ao julgamento do filho).

Se meu pai houvesse me orientado corretamente, corrigindo-me e até me castigando quando na minha adolescência e juventude procedia mal; se não houvesse me criado a rédeas soltas, cedendo a todos os meus caprichos; se houvesse me ensinado a escolher, selecionar as minhas amizades, eu não estaria agora neste banco de réus porque seria um homem de bem. Por isso repito que perdôo a todos, mas não perdôo a meu próprio pai." Esta declaração do réu, que não sabem ser real ou fictícia, pode nos parecer impiedosa, irreverente e até atrevida, porém, não poderá jamais ser classificada de mentirosa.

Verdadeira ou imaginária, a história deixa entender que o jovem falava em nome de centenas de outros rapazes e moças do passado e muito mais do presente, que sofrem as duras consequências de uma orientação frouxa e desequilibrada.

Se Deus na sua infinita misericórdia e longanimidade "corrige ao filho que ama" por que os pais hodiernos não seguem esse exemplo?

(transcrito)
Com carinho,
Helena

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